Palhano, entre embaúbas é o sétimo livro de Cristiano Moreira.
Feito de forma artesanal tem o mioló rodado em uma impressora Off--set Multilit com capa feita em tipografica de caixa. O livro terá ainda uma sobrecapa-envelope com monotipia de folha de embaúba. Edição limitada a 100 exemplares costurados à mão.
Sobre o livro escreveu o poeta Cândido Rolim:
" Viver o mato e o motum – e por extensão -embrenhar-se na ramagem do verbo, eis a sedução que vejo em “Palhano, entre embaúbas”, sem nunca fiar-se que a palavra é o mundo, mas um dos seus elementos convencionais. Afinal, Cristiano Moreira consegue objetivamente transpor para a página uma experiência plástica que mais consulta à deriva dos sentidos que a uma reprodução meramente especular do vivido. Melhor dizendo, parece que é a própria deriva dos sentidos que abocanha as razões plásticas que lhe dão sentido... Poesia que visita - e revolve - a natureza, esse infinito silo significante."
Sobre o autor
Cristiano Moreira nasceu em 1973 em Itajaí, S.C. é poeta, tipógrafo, editor e produtor cultural. Autor dos livros de poemas Rebojo (2005), O calafate míope: cinema incompleto (2009) – Dengo Dengo infanto juvenil (2016), Dente de cachorro (2018), Imagens da Madeira (2019) AS cinco mulheres pagãs (no prelo 2022). Traduziu e editou Apartados do escritor chileno Rodrigo Naranjo. Crítico da obra de Osman Lins (1924-1978) sobre quem escreveu sua tese de doutorado e publicou uma coletânea de textos deste autor intitulado Imprevistos de arribação – textos de Osman Lins nos jornais recifenses (2019). É também idealizador de projetos que colocam o exercício literário e artístico em expansão – como são: Quinta da Gávea: hospedaria e quintal criativo; Ponto de Cultura Biblioteca Rural; Contém Cultura (estes dois com o Instituto Caracol com quem trabalha desde 2011); com Patrícia Costa e Jakson Chiappa mantém a Oficina Tipográfica Papel do Mato que integrada à Rede Latino-americana de Cultura Gráfica com um rico acervo tipográfico editam plaquetes de poesia contemporânea.
Título: Palhano, entre embaúbas
Poemas de Cristiano Moreira
Gravura de capa: a partir de desenho de Etiene Flor
Apresentação: Cândido Rolim
Monotipia de envelope: Patrícia Costa
Projeto Gráfico:Jakson Chiappa
Leia um dos poemas do livro:
Céu por um fio
"Un árbol que pide a gritos se le cubra de hojas"
Nicanor Parra
Pé descalço plantado
na mata donde nasce
caule de planta neste
chão que guarda vacina
gesta rios aéreos filtra
chuva ácida entre fibras
sob folhas cujas tramas
protegem o firmamento
guardam o verde mar
vaga luz em clorofila
céu todavia suspenso
II
respirar o hálito do húmus
na escuridão perfumada
salpicada de vaga lumes
faróis antes do naufrágio
comum noite dos tempos
árvore corpo ancorado
se viva marola copas
quando tomba retumba
voz guardada nas raízes
expostas, terra devoluta
monocultura de cruzes
os sonetos apocalíticos
de Nicanor Parra, aqui
antevista a queda do céu
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R$ 0,00Preço
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